Ministro da Justiça diz que mais de 100 pessoas foram presas ou apreendidas após ameaçarem ataques em escolas

Desde o ataque, que feriu também cinco crianças em Blumenau, no Vale do Itajaí, essa é a primeira visita de um membro do alto escalão do governo federal em Santa Catarina.

No encontro com autoridades catarinenses, o ministro também falou sobre a discussão que o governo federal tem feito com as plataformas digitais no combate à propagação de discursos de ódio e violência. Na quarta-feira (12), a pasta comandada por ele elaborou uma portaria para obrigar as redes sociais a prevenir a publicação e remover conteúdos sobre os ataques em escolas.

Aos jornalistas, o ministro falou que as plataformas já estão tomando medidas para se adequar à determinação federal. Afirmou também que "não há termos de uso que se sobrepõem à vida das crianças" e lamentou as vítimas do ataque na creche catarinense e que, atualmente, 120 profissionais fazem o monitoramento de redes sociais e de deep web em Brasília (assista abaixo).

No evento, o ministro também afirmou que Santa Catarina poderá solicitar recursos junto ao governo federal para ter a presença de agentes armados nas escolas. Na última semana, o Estado confirmou que colocará, em até 60 dias, policiais com armas nas escolas estaduais.

Ainda nesta quinta, o ministro fecha o primeiro dia do 5º Encontro Nacional de Inteligência do Judiciário em Santa Catarina. Além de autoridades estaduais, o evento conta com representantes de algumas das principais redes sociais do mundo, como Facebook, Instagram, WhatsApp e TikTok.

Em 5 de abril, um homem pulou o muro da creche e atacou crianças com uma machadinha em Blumenau. O assassino está preso preventivamente e vai responder por quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificados.

A investigação apontou que ele agiu sozinho.