Com foco na aprovação de uma das iniciativas mais importantes para o Orçamento do ano que vem, a equipe econômica do governo já aceita flexibilizar trechos da medida provisória que trata da subvenção do ICMS.
Hoje, existe uma prática em que empresas recebem dos estados subvenções para o ICMS, um imposto estadual.
O governo entende que, por uma distorção na interpretação da lei, as empresas beneficiadas com as subvenções acabam isentas do pagamento do Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido, tributos federais.
A MP visa acabar com essa distorção. O governo espera arrecadar R$ 35 bilhões se a medida for aprovada.
No texto original, as empresas seriam obrigadas a fazer um pagamento retroativo do valor devido, o que incomodou setores empresariais e parlamentares. Mas a nova proposta apresentada pelo governo apresenta três possibilidades de refinanciamento do valor anterior à medida.
O blog teve acesso às sugestões:
1) Pagamento do valor retroativo com redução de 65% do devido em até 12 parcelas.
2) Pagamento de 5% do valor do retroativo, sem redução, em até 5 parcelas, com a possibilidade de pagamento do eventual saldo remanescente parcelado em até 60 vezes (5 anos), com redução de 50% do valor remanescente.
3) Pagamento de 5% do valor do retroativo, sem redução, em até 5 parcelas com a possibilidade de pagamento do eventual saldo remanescente parcelado em até 84 vezes (7 anos) com redução de 35% do valor remanescente.
As possibilidades serão analisadas pelos parlamentares. O presidente da comissão mista, senador Rogério Carvalho (PT-SE), disse que o próximo encontro do grupo já deve ser para a apresentação do parecer do relator.
Alguns parlamentares acreditam que isso deva ocorrer já até a próxima quinta-feira (7), se houver acordo. Depois de aprovado na comissão mista, o texto precisa passar ainda pelos plenários da Câmara e do Senado, antes de ir à sanção do presidente Lula.
FONTE:https://g1.globo.com/politica/blog/gerson-camarotti/post/2023/11/30/subvencao-do-icms-governo-propoe-refinanciamento-de-dividas-em-medida-importante-para-a-area-economica.ghtml