A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse nesta sexta-feira (6) que há desabastecimento de vacinas pediátricas (infantis) contra Covid no país, mas que a pasta está em negociação com a Pfizer para antecipar as entregas de imunizantes previstas para o fim deste mês. Os estoques para o público acima de 12 anos estão em dia.
"Recebemos o ministério com desabastecimento de vacinas pediátricas, infantis, e recebemos com abastecimento de vacinas adultas, do público adulto", afirmou em entrevista na sede da pasta para detalhar a situação do combate à doença no país.
fonte:https://g1.globo.com/saude/noticia/2023/01/06/ministerio-da-saude-diz-que-ha-falta-de-vacinas-pediatricas-contra-covid.ghtml
Segundo ela, há em torno de 3,2 milhões de vacinas para crianças de 6 meses a 4 anos previstas para serem entregues pela Pfizer até o fim de janeiro e a pasta já está em negociação com o laboratório para adiantar a entrega.
Para o público de 5 a 11 anos, também tem cerca de 4,5 milhões de doses da Pfizer pediátrica que a secretaria tenta antecipar o prazo de entrega.
Veja pontos destacados pela secretária:
- A vacinação é o principal foco do Ministério da Saúde. A cobertura básica com duas doses sem reforço não chega a 80% da população. Já duas doses + reforço não chega a 50% da população;
- O esquema ideal de vacinação HOJE são as duas doses primárias + a dose de reforço (esquema mínimo de proteção e efetividade das vacinas);
- Há um desabastecimento de vacinas pediátricas. O Ministério da Saúde está em contato com a Pfizer para adiantar a entrega dessas doses (6 meses a 11 anos);
- Para o público maior de 12 anos, não há problema de abastecimento de imunizantes. O que há é um problema de distribuição, que a secretaria pretende resolver nos próximos dias.
- O Ministério da Saúde vai retomar as negociações com o Instituto Butantan, visto que a CoronaVac é fundamental para a vacinação do público infantil;
- Restabelecer o fluxo e o diálogo entre municípios, estados e governo federal;
- A vacinação da Covid será incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Nova subvariante
Sobre a identificação do primeiro caso no Brasil da XBB.1.5, ramificação da variante ômicron, a secretaria disse que a prioridade é vacinar as pessoas com doses em atraso.
A nova subvariante foi encontrada em uma paciente de 54 anos de Indaiatuba, cidade no interior de São Paulo.
"Recebemos a informação que a variante está circulando, a amostra é de novembro. Vamos discutir com a Câmara Técnica. O que temos sobre a nova variante é a alta transmissibilidade e queremos retomar esses esquemas vacinais, pessoas com dose em atraso", disse Ethel Maciel.