A empresária Jackeline Leão Southier, que atropelou e matou o motociclista Rodrigo Benficapipi, de 18 anos, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, foi condenada a cinco anos de reclusão em regime semiaberto e pode recorrer em liberdade. O acidente aconteceu em janeiro de 2019 e Rodrigo morreu no local.
Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Jackeline dirigia uma camionete e estava sob a influência de álcool. Ela teria cruzado a preferencial e atropelado Rodrigo.
A decisão é da juíza Anna Paula Gomes de Freitas da 2ª Vara Criminal de Tangará da Serra.
Jackeline Leão Southier foi presa no domingo (13) — Foto: Divulgação
Segundo a magistrada, Jackeline confessou que ingeriu bebida alcoólica, além de ter outros elementos que comprovam que ela praticou o crime, como o relato das testemunhas, que afirmaram que a empresária não respeitou a placa de pare e invadiu a via preferencial, e o relatório da perícia.
"Configurada está a imprudência da ré no exercício da direção, em razão de ter adentrado a via preferencial, desrespeitando a sinalização de parada obrigatória, eis que se tivesse se atentado totalmente, certamente, poderia ter evitado o acidente e a consequente morte da vítima", disse a juíza.
De acordo com a decisão, para o crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa, a pena é de cinco a oito anos de reclusão e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo.
Portanto, a juíza fixou pena de cinco anos de reclusão e suspensão da habilitação de Jackeline por três meses. Além disso, ela poderá recorrer em liberdade.
Entenda o caso
Caminhonete se chocou com moto em que Rodrigo estava — Foto: TVCA/Reprodução
O motociclista Rodrigo Benficapipi, de 18 anos, morreu em janeiro de 2019. Segundo a polícia, Rodrigo tinha acabado de sair do hotel onde trabalhava e quando passava pelo cruzamento entre as Ruas Júlio Martinez e São João, foi atingido pela caminhonete que não respeitou a sinalização e cruzou a preferencial.
Jackeline foi presa no dia do acidente e a Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva. A defesa da empresária pediu de revogação da prisão preventiva e ela foi solta quatro dias após o crime.
O MP ofereceu denúncia no dia 17 de fevereiro de 2021. A defesa pediu a absolvição de Jackeline ou a pena mínima por ter bons antecedentes, residência fixa, emprego certo e ter colaborado com a justiça.
FONTE:https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2023/04/13/empresaria-que-atropelou-e-matou-jovem-em-mt-e-condenada-a-5-anos-de-reclusao-e-pode-recorrer-em-liberdade.ghtml